vontade
alheia a esta mesma,
nem toda a geometria da tinta que abraça a segurança
nem todas as letras (até as que não existem)
nem todas as cores,
misturadas de forma frenética
- nada
absolutamente nada -
me permite voar
quando o arrasto da corrente invisível
me quebra as costas e desvia o olhar
(des)focado,
as pestanas tilitam - incerteza
língua presa entre dentes,
e continuo a perder-me
e continuo a perder-me
e continuo a perder-me
e continuo a perder-me
e continuo a perder-me
e continuo a perder-me
é verdadeiramente inumana esta condição
de tudo aquilo só que o Homem pode sentir...