é?
assim, nesta sempre-presente
(serão sonhos presença?)
ausência
no que devia ter sido
nos traços tremidos
dos ombros tensos
corpo hirto
dores onde não se vê chaga
replay
replay
replay
nada me engana - que pena!
é assim?
continuas assim?
resolve-te, atira-te, mexe-te
tu sabes do que falo
(apesar da renúncia)
sobretudo agora, nas chuvas
trovoadas rombantes
partilhadas
sabem melhor.
é assim,
neste impasse
de impossibilidades semi-acontecidas
olhos fixos no tecto
suspiros mil,
recordo-me da pele ser quente
da camisola aos quadrados
do sentido de, azar!
circunstâncias não-previstas
(logo não controladas)
não. Não poderá nunca ser azar, maldição, raios ou coriscos.
porque o carinho é raro e brilhante
uma ternura tal que os olhos denunciam
(e as pernas desviam)
tudo fala, até tu
no silêncio
é assim?
nesta nostalgia
de uma abertura
que se enclausurou
triste estado de vida...